Rosa, azul-cobalto, vermelho e berinjela são as cores da moda na decoração. Mas é preciso tomar cuidado com os exageros. Direto de Milão, o arquiteto Roberto Migotto ensina a usá-las com bom senso para quebrar a monotonia dos ambientes.
Mesmo sendo um país tropical, historicamente o Brasil resiste ao uso da cor na decoração. Basta uma visita às lojas ou uma conversa com um designer de interiores para logo se perceber que o branco e o bege ainda predominam na casa do brasileiro. Mas isso está mudando. E a julgar pela constância e destaque que cores como o rosa, o azul-cobalto, o vermelho e o berinjela estão aparecendo nos lançamentos de Milão, fica evidente que elas tendem a ganhar espaço e influenciar até os mais conservadores.
"Realmente existe uma resistência ao uso da cor na decoração. Mas isso está começando a mudar", diz o arquiteto Roberto Migotto, "basta andar aqui em Milão para ver como o rosa e azul cobalto estão muito presentes". Segundo Migotto, parte da resistência às cores na decoração se deve aos exageros cometidos quando são usadas. Nesses casos, ela tende a cansar quem vê. "Um ambiente todo rosa ou todo vermelho é cansativo. Funciona para lugares de passagem, como um bar ou restaurante, mas em uma casa não, enjoa rapidamente".
O fato é que as cores fortes bem usadas dão personalidade e quebram a monotonia. "A cor é bacana quando entra com um quadro, um abajur ou em tapetes com desenhos geométricos", diz Migotto. O arquiteto adianta que irá abusar do azul cobalto em seu espaço na próxima Casa Cor. "O pergolado e até o piso serão azul-cobalto", avisa. A dica é usar a cor em detalhes, sempre levando em conta a proporção do ambiente e das demais peças que vão dividir espaço com ela. Afinal, não existe uma regra específica para dar cor a um ambiente. O importante é usar o bom senso para evitar os exageros.
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